PACHECO, LÚCIA: Caminho – Os passos que damos nos levam à abundância que merecemos. São Paulo: Enepress, 2009

«Cada pessoa tem um Caminho para trilhar ao longo de sua vida. Somos todos caminhantes. Mas, nem sempre, temos consciência de que trilhamos um Caminho único, pessoal e intransferível, desde nosso nascimento. E, então, não nos responsabilizamos por ele nem percebemos que, muitas vezes, nossos passos nos levam para fora de nosso Caminho – na paralela ou na contramão – e, consequentemente, deixamos de evoluir e de cumprir nosso verdadeiro propósito.»

Há quase dois anos o meu pai recebeu um telegrama vindo do Brasil. A Lúcia Pacheco, uma mulher a quem conheceu no Caminho de Santiago, precisava de desenhos para a capa do livro que tinha escrito e as cartas que iam acompanhá-lo. Era uma tarefa que exigia perceber os matizes do que se andava a tratar. Por acaso, eu, o filho, conhecia muito bem o português e pude fazer de «ponte», nas palavras da Lúcia. O resultado dessa relação foram umas lindas imagens para um ótimo livro.

A dizer verdade, eu não sou fã de livros de autoconhecimento, pois os acho lentos e complicados; mas Caminho é diferente. Assombrei-me com a simplicidade e naturalidade da linguagem usada. A Lúcia consegue transmitir sem artifícios a mensagem ao leitor, quem pode poupar esforços na leitura e investi-los na reflexão. Gosto muito das analogias com o Caminho de Santiago e com outros factos da sua vida. São verdadeiramente esclarecedoras.

A segunda parte do livro é o baralho das Cartas do Castelo. Consta de vinte e um textos com a sua carta com um desenho específico que convidam à reflexão. O baralho complementa a primeira parte dando ao leitor mais liberdade e permitindo voltar à mesma carta só ou com outras pessoas e fazer novas reflexões e discussões.